terça-feira, 16 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
sábado, 29 de novembro de 2008
de z
olha para mim
não justifiques nada
não tentes matar nada
nem desprezar algo
vê tudo e vibra com ele
vive e vê, sobrevive ou sê.
z.ê.ntende
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Noticias do Mundo e mais além
Entretanto, esperamos que vós, nossos querido leitores, continuem esta linda estória infantil e natalicia.
z. iroflé
sábado, 15 de novembro de 2008
não! não deram.
nem pescavam nada do que acontecia à ceia,
cairam do paredão,
e já o perú não viram.
disfarçado de mortalha embrulhada,
escapulia-se pelo meio do nada,
emborcou o rum,
se conduz não bebe,
fez-se à estrada.
fez-se luz.
(lu)z.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
adivinha
No paredão andavam às duzias à pesca.
Eram treze à mesa da ceia.
Havia um peru morto na mesa.
Deram conta que era natal?
z.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Li com emoção e respondo de antemão
partilhar o espaço é um sonho
Respondo com emoção e de coração na mão.
Um z que de pleno, transmite e transmuta a b toda e qualquer sensação.
A porta sempre aberta, a alma escancarada, a vida partilhada!
E ainda um pedaço...
mas engrenageando oleodultério e sabido
foge andrage
mas eito a fim
de me direccionar e revisitar paralelimpos de conjuntamentes
tirando sempre apontamentes
apontamentes
e aguardando activamentindo
inté de zê auqando de bê habituatizando-se ao novo esférico paradigmático
de ser adoisando
casa
Emociono-me sozinho
b.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
na Ausencia de B...que fazer?
Era uma vez 3 viajantes que percorriam o mundo em buscas de respostas? A quê?! Perguntam vocês e muito bem. A questões fulcrais deste nosso mundo. A Grandes mistérios da humanidade. Uma demanda pela verdade, pelos caminhos que deverão ser percorridos! Pelos meios e fins que nos determinam e classificam como espécie. Verdade esta que será mentira para muitos. Cada um opina. Cada outro Uma realidade que rodeia esta esfera que é maleável, não a esfera mas a verdade, ou as duas. Uma sofre a tectónica outra é distorcida conforme a vontade de quem a vê ou sente, ou apenas é deformada por requinte dum ser petulante ou apenas estúpido. Verdade que não é nada, é uma visão, uma ilusão, uma coisa que ninguém vê, mas adora filosofar sobre isso. DEmasiado tempo livre, como na antiga grécia, enfim resultado da revoluçao industrial e agora evolução da mecanização e automatização. Da necessidade de afirmação, de integração, de participação...Seja na humanidade, na comunidade, ou no seio familiar. Verdade que é demonstrada quando o "chefe" de família bate na mulher. Ou se entristece quando o Benfica perde, e se embebeda, ou o filho mais velho dá na prata porque a mãe morreu. Apesar da mãe ter morrido durante o parte. São momentos desta nova sociedade, o climax desta nossa civilização! Pura, límpida, perfeita e eficaz. Que potencia os recursos, que aproveita os excessos, que transforma os excedentes e os distribui de maneira justa e com ética social. Mas voltando à história, o s3 viajantes queriam conhecer o mundo, em busca das tais repostas, calcorrearam a terra durante décadas, esforçaram-se por falar com as diferentes ideologias, as diversificadas religiões, as díspares classe sociais. Classificaram e catalogaram tudo e todos. Pesaram e mediram bem as opiniões e razões de qualquer ser, desde o mais pequeno ao mais influente. No final sentiram-se satisfeitos pois compilaram o mundo, conseguiram obter respostas ás questões mais prementes, soluções para os problemas mais exigentes. Por fim descansaram, reflectiram e decidiram acabar com o Mundo. Tudo resolvido. Um sossego. Uma verdade, um fim...
z.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Estes são os sinais de alerta de um avc
Continuem.
Deixar comentários:
Zita: gostei principalmente quando recitas no palco.
Mané: Ganda maradice!
Sofia: sabes lá....
Rute: e depois?
Salguinho: visita o meu blog! www.blogspot.com/conversapiente
tobi: saravá
Nereida: entrevista exclusiva
babá pita: sei lá. Vou ter mais um filho
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Terá tido um fim?
Alucinava. Não sabia.
fragmentos de bombas, sacar e sair.
A regra de lomba. Não sabia
ser de pé não sabia.
o Soldado morto em salga
fragmentação Não sabia
espaços pedem a rendição, Não sabia
não sabia. a cabeça não sabia.
ficou em olhos
os olhos.
não sabia.
a cabeça não sabia
saía...
(De b, z não sabia)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
merecia tudo isto um festim?
Acabou por adormecer estendido. a cabeça não sabia quanto tempo tinha dormido.
Alucinava. Não sabia.
Bombas de fragmentação, estalar e cair.
A guerra ia longa. fragmentação...
o único ser de pé na trincheira. não sabia.
fragmentação.
o Soldado, o General morto.
fragmentação.
Vivalma.
Barulhos preenchiam o seu espaço, pedindo a rendição. Pedindo a fragmentação.
fragmentação.
levantou-se.
havia um carro, havia um portão.
não sabia. a cabeça não sabia.
ficou em silêncio, os olhos bem fechados...
os olhos.
não sabia.
a cabeça não sabia.
(fragmento de z) b
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Direito, de resposta, uma reposta e riposto de a b.
Eventualmente fizeste algo mais. E se o método, a ciência ou o engenho não me falha fizeste até demais. Não que esperasse daqui uma emoção nefasta da tua pessoa e não desconsiderando a acção, antes exacerbo a ideia, e causando sensação na tua própria reacção. Há sempre alegria em ver as frases desse teu novo ser, ver as novas fases neste dia, e há esperança em ter uma nova estrela que dança, em alcançar o céu neste texto, em rever ideias neste contexto. Posso afirmar que me revi espelhado nesta tua sombra, e conseguiste lançar longe este feitiço que me consome e rasga o peito e me tira da penumbra.
Obrigado
z. ao rubro!
Rá! para z. (e a quem de direito claro! aberto...)
fazer algum sentido de inversão necessária ao outro alter-ego que existe e que que faz coisas que só a ele dizem respeito por razões que só ele sabe e que podia não fazer mas que decidiu fazer ou não fazer por razões que só a ele dizem respeito.
ou seja
a desconstrução é feita lentamente e sem necessidade da acção exterior a não ser que se queira intervir e então, que seja de forma criativa, poética e não frontal ou simplista.
um grande beijo na grande testa de b. a z.
b.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
O outro lado do festim
Uma luz brilhante invadiu os céus e tudo ficou em silêncio, sentiu a luminosidade branca invadir-lhe as pálpebras, apesar dos olhos bem fechados, queimava a pele até à carne.
Bombas de fragmentação, estalar e cair. Desfalecer. Que sorte, estava vivo...
A guerra ia longa.
No campo jaziam soldados, o chão de balas, esburacado. Bombas estilhaçavam como que a dizer que ainda ali estava. Tapou os ouvidos e seguiu o caminho do projéctil que subia, vibrava de vida, de morte...e viu avançar um onda de destruição na sua direcção. Foi empurrado para trás ficando colado. Depois veio um calor infernal que lhe arderam os cabelos queimando a terra petrificada e a floresta e a paisagem...
o único ser de pé na trincheira.
o Soldado, o General morto.
Vivalma.
Barulhos preenchiam o seu espaço, pedindo a rendição.
Alucinava. Não sabia. Cadáver recente...carne nos corpos. cabeça de fora e poeira. comeu desalmadamente. Acabou por adormecer estendido. a cabeça não sabia quanto tempo tinha dormido. levantou-se, disparou á fechadura e arrombou-a em seguida. Havia um carro, havia um portão
Tudo isto merecia um festim!
b.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Festim
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Cenas dos próximos capítulos
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Sobre a Ilha
A ilha podes ser tu
Na ilha vivemos para nós e por nós.
Na ilha somos como um átomo em agregação uma particula, uma molecula. Em evolução.
Aumenta, desenvolve-se e reproduz-se.
Na ilha dá-se a selecção natural, a bactéria do nosso ser transmuta-se num mais complexo.
Transforma-se num novo ente e em eterna mutação.
A ilha torna-se no Eu. Comum, Uno e indivisivel.
Reage com o ambiente em redor, emociona-se e sente.
Na ilha somos sozinhos, espelhando as nossas mágoas na largura e imensidão do nosso horizonte tridimensional.
Na ilha as cores são nossas, dela.
Os sentimentos só meus, da ilha.
As texturas como amarguras partilhadas com o céu e espalhadas na areia.
Os relevos como saudades recordadas e dissipadas com o despertar do sol, evaporadas com a neblina matinal.
As brisas, alegrias espalhadas pelos ventos do oceano que circulam, e transportam para longe como sementes e pólens pela atmosfera.
Abraço tudo. Abarco tudo. Sou e estou.
A ilha é e está.
A essência floresce na terra fértil e virgem, e cresce como erva, espalhando-se e ocupando todos os canteiros selvagens, os espaços vazios, as brechas das rochas, os baixios, os leitos secos e avança pelo mar.
A ilha viaja com a maré, flutua na esfera, voa na estratosfera, migra pelo globo.
Ultrapassa o horizonte. Expande-se para o todo.
A ilha está só com tudo. A ilha somos nós.
Tudo abrange.
Tudo é, tudo sente e tudo vê.
A ilha é universal.
Ultrapassa-nos.
A ilha não passa da solidão do cosmos.
O cosmos é um grão de areia na ilha.
Enquanto nós, deitados na praia, olhamos o horizonte.
Imaginando o que há para além dele.
z(eus)
domingo, 14 de setembro de 2008
Arraiolos
1. Ilhas sem mar
2. Ponte sem rio
3. castelo sem rei
Depois explicou-me que de facto há uma terra ao lado de arraiolos que se chama Ilhas (mas não há mar); existe uma ponte quando se chega a Arraiolos, mas não há nenhum rio por baixo da ponte; e finalmente, o castelo (que por sinal tem uma vista linda e muralhas redondas) não tem nenhuma estátua de rei nem nehum rei.
b.
De Vagar
lembro-me que disse que não tinha vagar. eu tinha pedido qualquer coisa. não me lembro o quê. só me lembro que me disse que não tinha vagar.
vagar...
vagar é uma palavra dura, mas não demasiado. vagar pode ser ofensivo. mas apenas ligeiramente. vagar não vem no wikipédia. aliás vem. no wikicionário. mas acho que não encaixa.... vejamos. pedi-lhe algo e disse-me:
não tenho
a. falta de pressa
b. descanso
c. lentidão
agora reflito. não me lembro. não me lembro mesmo o que tinha pedido. se calhar não era importante. não vou perder muito tempo com isso. eu não tenho falta de pressa. mas também não tenho pressa a mais. tenho mais que fazer. mas tembém tenho de descansar. podia ir a correr perguntar, ou pegar no telefone e ligar. porque sou rápido. não tenho lentidão. mas não vou.
se calhar....
se calhar não tenho vagar
bê(hêhê)
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
na tua ilha( numa parte de z.)
sentia e via tudo e todos,
cobertos de tudo desnudados,
limpos e cristalinos,
na praia toda a gente ria,
não sabia nem podia,
nem sequer os via,
tentei aproximar-me,
perdia o sinal,
a ligação.
afinal havia um canal, estava do outro lado
via a tua ilha, porém deslocado.
z.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A nossa ilha (parte A de b.)
A nossa ilha tem côcos e andamos todos a tentar partí-los e recolá-los ao acaso, como um brinquedo velho com que brincava e que hoje tenho pena de não ter guardado. A nossa ilha não tem sítios onde guardar coisas velhas.
A nossa ilha é achatada, é um território onde por vezes preferia que houvessem areias movediças. Mas não há. O que há são elementos estranhos, corpos estranhos, pessoas, animais.
Na nossa ilha tentamos sobreviver ao excesso de sono que nos impede de existir mesmo a dormir pois o que acontece é o de sempre.
A nossa ilha é feita de retalhos como os côcos.
Na nossa ilha há pequenos anões que satisfazem os nossos desejos.
A nossa ilha não tinha originalmente habitantes e nenhum dos mapas acertou à risca naquilo que todos procuravam e ansiavam descobrir. A nossa ilha não estava localizada, não era conhecida, talvez nem existisse.
A nossa ilha é na verdade, tudo o que se queira, apesar de podermos sempre mudar de ilha...
b. (de TdV cutup)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Sobre os automatismos na laboração do sector terciário
in Kayam Sonedra, Cadernos da essência tripolar e suas consequências, Vol.III. tradução de Sanches Prieto, Edições Cometa, 1981
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Introdução à nova colaboração
Os zeros vão crescer. O apontamentes vai funcionar, como sempre funcionou, à desgarrada, mas desta feita e a partir de hoje com 2 novos colaboradores. E é com muita satisfação e um imenso carinho que os apresentamos.
O 1º é uma colaboradora, que como é óbvio e é apanágio do nosso formato, oculta a sua verdadeira identidade e desponta para as apontamentes com um alter-ego. Nascida, em anos conturbados e prolificos em desconstrução artística, desde cedo demonstrou propensão para as artes. A escrita sempre foi uma paixão e uma profissão inata. Das suas primeiras obras de criança constam uma prensa baseada no modelo de Guttemberg em Lego, tendo imprimido o seu primeiro livro infantil aos 6 anos, de seu nome " A pequena ostra na praia encantada", conta a estorinha deste molusco e gastrópode, que vagueia e divaga numa praia surreal e onde se debate com vários momentos existencialistas num monólogo entusiasmante e introspectivo, focando o lado sombrio e cínico da criança moderna. Por muitos considerado como uma fiel seguidora de Dostoievsi, e aclamada na 3ªmostra de livros infantis de Coimbra, onde ganhou o primeiro prémio para o melhor conto infantil no Portugal dos Pequenitos. Destacam-se também nas colagens em papel, na fotografia estroboscópica e em artes diversas, sendo sempre a primeira da turma e quiçá do País nas disciplinas de artes manuais e arte sacra para principiantes na Escola Primária Bartolomeu de Gusmão. Na idade adulta, o seu portentoso poder criativo abre-lhe portas para o sub-mundo dos intelectuais obscurantistas, sem nunca descurar o seu lado iluminista e também humanista, caracterizado por antagonismos e o seu modo evasivo, no que concerne às sua posições ideológicas sem nunca se colar a um movimento, o que combina de facto com a sua personalidade, se por um lado aberta para o mundo, por outro ostraciza-se do mesmo, muito embora nunca se sectarizar, fazendo dela um ente fulcral e indispensável na Aldeia Global. Escritora polémica por chegar a fazer os críticos questionar-se sobre a sua própria existência.
O nosso 2º colaborador, amigo e camarada de palestras, conhecedor a fundo da obra de Kayam Sonedra, e uma apaixonado do movimento Antagónico-naturalista, é sem dúvida alguma, o maior e melhor divulgador das obras deste mesmo movimento, e um estudioso da sua história. Destacou-se na década de 80 pela Poesia e Romances de cariz neo-realista. Entre as suas obras, há a frisar " Pano para mangas", um retrato social contemporâneo, narrativa plena de imaginação e bom humor. Demonstra um capacidade excepcional de conjugar a fantasia com a realidade. Se o tivessemos de comparar com um autor contemporâneo sem dúvida seria um Joseph Conrad, um Gorki, ou mesmo um Nicolai Gogol do Séc. XXI, salvaguardando, claro está, a estética sócio-politica que nos separa desses tempos.
Em suma, espera-se que colaboração deste estimado e acarinhado casal, venha enriquecer exponencialmente este espaço, e sirva para aumentar o seu teor narrativo e acima de tudo polvilhar de criatividade e imaginação o mundo virtual. É com grande expectativa e alegria que abraçamos estes autores-criadores no nosso blog. Desde já a nossa gratidão por acederem ao convite e um grande bem-haja.
Apontamentes, Oito de Setembro de Dois Mil e Oito
Na foto, personagens ficticias. Sines, 2008( por z. )
O Início sem um fim
z.(=mc2)
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Plantaro
Plantaro (aŭ flaŭro) estas la tuto de plantoj en certa regiono aŭ epoko respektive la sistema priskribo de ĝia tuto. Ĝi estas listigita en listoj, kiujn oni ankaŭ nomas flaŭro aŭ plantaro kiel katalogo ofte kun kun rekonŝlosilo. La vorto flaŭro estas dedukita de la latina nomo flora de la romia diino de floroj kaj juneco. Komplemento de la flaŭro estas la faŭno, la bestaro, nomita laŭ la romia diino Fauna.
zïe
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Entrevista a Kayam Sonedra
Encontrei, num pequeno alfarrabista da capital (não digo qual, espero que compreendam), um livro que é uma colecção de entrevistas feitas a artistas pouco conhecidos. Curiosamente, encontrei uma entrevista feita a Sonedra, da qual tirei um pequeno excerto para o deleite dos amantes da sua escrita e arte em geral!
"(...)P - Começou pela escrita. Pode falar-nos disso?
KS - Sim... A primeira vez que descobri a necessidade completamente incontornável de criar algo a partir das formas que surgiam na minha mente, foi tão forte a sensação que quase desmaiei. Quando recuperei a consciência tinha o meu primeiro texto (monte plúbio) fotografado na minha mente. Uma barragem tinha-se aberto e as palavras fluíam. Não, não era bem como uma barragem... Era mais como uma metrelhadora de fotografias a textos, um strob inacabável de imagens. Foi também a partir dessa imagem/momento que mais tarde me interessei pela fotografia.
P - Já vamos à fotografia. Primeiro, o que é que torna a sua escrita tão particular?
KS - Primeiro, a ilusão triste de uma época sombria do pós guerra. Claro que muita gente é influênciado por isso, mas o que difere, penso eu, é a ligação disso com as minhas outras influências.
P - Tais como?
KS - Houve uma época que frequentava o "doce cálice", bar de artistas, intelectuais e revolucionários, destruído num atentado de extrema direita. Lá conheci figuras como Karol Metinski, pintor surrealista de traços minimalistas a carvão, que me fez ver a beleza de um traço e que tentei reproduzir com a minha escrita e mais tarde também com a fotografia; havia outro senhor obscuro que nunca disse o seu nome a ninguém, nunca permitia que lhe desse alcunhas ou designações de qualquer espécie, porque estava a trabalhas sobre a ausência do indivíduo em pessoas concretas. Transmitia as suas ideias pela pintura, onde utilizava vários pontos de fuga, e a noção tridimensional como forma de nos fazer entrar na obra, jogando depois com as diferentes dimensões, tanto na clarificação do contexto como na evidênciação dos conflitos inerentes à despersonalização do indivíduo num paradigma real de guerra, morte e ressureição alegórica. Isto influênciou a minha utilização de "nonsense" e da representação axiomática daquilo que as pessoas chamam "dom" e que eu denomino apenas por "pedantismo" na escrita, fotografia e pintura.
P - Estou a ver que não consegue separar as diferentes artes que pratica. Todas elas refletem as mesmas ideias?
KS - É impossível separar as coisas dessa forma. Tudo flui do mesmo ser e sou influênciado inconsciêntemente pelo mundo à minha volta... posso talvez dizer que não intereesa o que fazemos mas como o fazemos. Não intereesa se estamos a escrever, a fotografar, pintar, esculpir, etc.. Isso são apenas estados de espírito. Por exemplo, escrevi o texto "Ovo em Decomposição", mas poderia ter pintado um quadro. O importante foi a utilização da técnica destrutiva. Ou na minha pintura com colagens "Queda de Homem do Telhado e Quebra de Membros Inferiores com Fractura Exposta" onde o importante não foi a técnica mas a ideia da fragilidade do cosmos no caos, como escrevi no meu primeiro livro. (...)"
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Kayam Sonedra - Registos bibliográficos
http://crostaceo.blogspot.com/2008/09/havia-um-homem-aqui.html
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Kayam Sonedra - A biografia, a história e um contexto psicológico
Caros Leitores,
Tem causado muito celeuma, a descrição do nosso caríssimo mentor. Muito tem sido dito e descrito sem qualquer pudor ou fundamento e muita blasfémia acerca de K. Sonedra. Este que foi um pai, poeta, escritor, arquitecto e acima de tudo grande homem e que será sempre uma referência para nós, debutantes neste mundo que é a virtualidade, e imberbes no modus vivendi antagónico-naturalista. O nosso crescimento dependeu muito deste Grande Mestre que nos transformou de simples aprendizes inseguros em jovens de cabeça erguida indicando-nos um caminho, um rumo, uma nova existência e uma nova visão metafísica da Arte.
Nascido e Criado em Nobinsli na antiga Brunesia. Cedo começou o interesse pelas artes plásticas e concepções de paisagens mentais. Nos anos 60 enveredou pela sua carreira quando se apercebeu das alterações sociológicas e ideológicas do mundo moderno e da destruição dos ecossistemas nasceu a necessidade de adaptar os materiais sintéticos da lixeira local em artigos de luxo por métodos ainda hoje desconhecidos e mantidos secretos. Na década de 70 e depois da desactivação da central nuclear de korda, diversificou o uso dos materiais. Tendo como destaque a estátua de D. Eriksulis II, coberta com particulas de urânio enriquecido e banhada por pequenas quantidades de isótopos de plutónio. Obra polémica que contribuiu para que a cidade constasse dos guias internacionais e culturais, tendo ganho o átomo de platina no certame de Vladits.
Exilado politico, acabou por viver o resto dos dias em Vila Praia de Ancora tendo-se tornado cônsul honorário e recebido a ordem de torre e espada( 1989) pelo presidente da republica por duas ocasiões. Tendo depois entrado no seu segundo período obscuro por abuso de substancias oxidantes e por excesso de uso do monóxido de carbono. Viveu os seu últimos dias em demência absoluta no parque natural de montesinho vivendo da caça de veados e da recolecçao de bagas alucinogenicas tendo sido encontrado morto no rio Sabor perto de Bragança. O corpo encontrava-se em avançado estado de decomposição e tinha evidentes marcas de antropofagia. Pensa-se que nos últimos dias terá vivido de pedaços de carne humana obtidos por armadilhas por ele elaboradas. Aquando do seu funeral foi impossível retirar-lhe o sorriso da cara. Tendo pedido para ser incinerado e as suas cinzas lançadas ao rio juntamente com os cadáveres do massacre de Tui devido a revoluções independentistas ligados ao movimento antagonista. Deixou em testamento os seus dentes de platina e doou o seu cérebro ao instituto Ricardo Jorge e ao Instituto Egas Moniz respectivamente.
As visitas guiadas são das 14 às 18 no ultimo fim de semana dos meses de Verão.
Nota: Na fotografia, auto-retrato tripolar, Periodo Obscuro1939, Kayam Sonedra
A corda
b. (do estendal)
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Adenda à mensagem anterior! Uma nova abordagem.
z.in Wikipédia
Pontamento (ou Explicação de Textos Anteriores)
um fríbilo nilsch que nasce.
devamagrinho desfiltra-se
e desmescla-se
para finalmente
se entronar percetílica.
- Kayam Sonedra -
Usufrui-mos.
b. (explicionando)
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Gosné du pinado!
Piné? Gosmado!
sine vergonçadas siabri
le miabri
le nuzabriu
advidémos tu que jorrado
fizla e comprato como jamizantes
qiçámos nuncedo mais
misto trostinho e haha
saudinho do piné
quilonge andedo purlá
fincamo-lo de bando
bendo...
...guardiando sapidade
mesmar? volter? medar?
querendo braçando (chuacando) semper!
mas cautilando cautilado
se jamas murtir
por jamas vivendiar...
sta juntir a tri de fresco.
b. (dedicando a nuné)
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
piné
poto do alginora,
opanora de atranha,
guinde de obrunha!
Santi de mara,
cumi de mieé.
empora na enzina,
munda ca manera.
lingo o panadura
sorno i cantifa!
ive mai tru uh!
uh uh co ná pi!
pi né!
z. é
domingo, 17 de agosto de 2008
Ploft!
em pípamos com frida
déstino milfou com turbine
ida! ida! destropine...
Entanto tinou o bregário
busto filme de altínio com lário
no clastro fincou-lhe o alfrigue
dando gírio por pimpolho a digue
ido por bremeu
castro fungiu
colto ardileu
papas curlutiu!
antiquástilo estido em poulpada a fim
custumário de débito ponta
albostino demilho custando difolgo
quantino fialho que monta
b. (grindo)
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Frik horrífico
ignorante! demente! doente!
faço-te frente
se me apanhas quente
que frio quando ataca
sem brio
à socapa
a céu aberto
não cais, decerto
mas o deserto que há em ti
alastra-se e a areia que foi pedra
será pó
ficarás só nesse teu fio confuso
nesse teu nó
sem penas de ti
que penas te deram e não soubeste voar
ou não quiseste sequer parar
para tentar perceber um pouco menos
das coisas que vês
apenas escureces a tez
debaixo de um sol escaldante
desidratação alucinante
alma marada
cabeça lacerada
via cortada floresta queimada
por dentro e por fora
e agora? vens-me tentar puxar?
e vais continuar?
Não... Ide...
Ide sucumbir à praia
que te ignoro o andar na mesma superfície que eu
todo o meu continuará
e o teu.... perecerá (sem necessidade da acção exterior)
b. (acima)
Bipolaridade invertida
numa mentira e numa desilusão,
a gente corria para cá,
andava para lá,
pintava a mente,
dava mais uma de mão,
ia contra a corrente,
suspeitava de antemão,
fora de pé ou fora de mão?
num impulso, subia a pulso,
caía e bateu no chão!
a faca romba, nesse seu mundo
a cara lavada num poço fundo.
cuidado com a Lomba!
Não vale que a vala era tapada! Escondida!
Enquanto um ente partido, num circo criado, um doente ferido, mais um palhaço formado.
Num mimo em formação, há sempre um homem estátua com razão.
Parado, estacionado, de pé ou frio.
sem coração
Z( compulsivo)
des garra dos sentímetros
chora
o que é normal devido ao facto de estar triste
por se ter perdido
por não ter compreendido o caminho
mas houvera vezes em que se rira
até compreender a sua incompreensão
e por isso chora
mas não sempre
ás vezes, o seu sorriso muda o mundo
e isto é verdade
eu sei porque vi
vi um girassol enganar-se e virar-se para o sorriso
como se fosse o sol
vi o centímetro a desafiar o metro para uma corrida
e a ganhar
vi a lua nova a subir brilhando como o sol do meio dia
e assim brincam no seu rosto
o choro e o riso
como duas crianças
a brincar ao toque e foge...
de nunca lhe desfigurar o rosto
b. (vazio)
terça-feira, 12 de agosto de 2008
O desafio - parte z
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
"Um Grave caso de queimadura psiquica"
"Que Palhaçada!" - diz para si.
Engasga-se com uma Gargalhada. E de contente doi-lhe também um dente. De chavão em chavão saltita alegremente.
z. ( à espera de b)
domingo, 10 de agosto de 2008
Pardal
z
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
desisto
z
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Outra versão
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
zzz
O sol baralha-me a cabeça.
z( sustenido)
domingo, 3 de agosto de 2008
Bata branca, bola preta
z( conectando)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Do mar resta o mar
foram andando
voltaram de vez em quando
um com cabelo
outro não careca
pararam para pensar uma beca:
- algo é sempre uma criação
uma destruição
uma transformação.
- Não! - respondeu - "nada se cria
nada se perde
tudo se transforma"
nada se tudo
nada-se tudo
tudo se nada
nada se não
nada senão...
nada!
(não como o gustavo que respirou debaixo de água
esse não morreu do mar
mas da mágoa)
os outros fugiram
com a pálida tez
de quem lá volta de quando em vez
b. (ligado)
informação ao utente
Ao desligar o seu pc verificar se ainda se encontram no mesmo sitio e volte a sincronizar o seu relógio.
ps
o passado é presente
este estado é ausente
não estou, estive
nem sou, ja fui
parti em breve
cheguei a ir
brevemente
entretanto
e por enquanto nada digo
comento
posteriormente
remar
parafraseando toda a gente!
que é amanhã dia 1 de agosto
e tudo em mim é um fogo posto!
z.( de zénite pra nádir e vice-versa)
quarta-feira, 30 de julho de 2008
PARA TI
o cheiro anda a reboque, a caravana atrasa-se.
detem os morcegos no elevador
contam as perolas
dao-se os porcos
guincham as arvores
e fogem em bandos!
z. (ainda em zen)
terça-feira, 29 de julho de 2008
Há brechas no cais( sonhos duma noite que verão)
" bum bam badalão!" - faziam
Onde?
Junto ao rio, na foz, ao pé do cais, à beira mar - diziam
Vazam o chão. Esvaziavam a concha. Enchiam o céu. Despejavam depois.
Desejavam toucinho. Gordo ou light? Indiferente, sem acuçar misturava coisas doces. Nata, leite, condensado, precipitado, fugia o mexilhão. Quase evaporado. Destilava, transpirava e acordava. Não era sequer um mexilhão, nem um cão, ou um balão. Mas voava, voava. Saltava e rodava. Sorria e acordava. Era um reflexo, que numa casa de pasto batia, nos olhos da cozinheira incidia, que cegava, de alegria, ensurdecia de paixão, entrava em melancolia.
"sai mais meia dose e uma cesta de pão!" - gritavam
de z. (em zen)
segunda-feira, 28 de julho de 2008
A(l)berto para contra
solto este pequeno gafanhoto
sa ltit a n do por entre as fendas das pedras da calçada de de um país distante diferente
partindo amanhã
como um anti-herói de um qualquer filme de série z
coincidências tendem a colidir
por vezes até mesmo frontalmente...
...(eu tendo a ter cabelo por exemplo)
e vós? tendes? tendeis?
não obrigado
b.(fresco)
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Desencontro
terça-feira, 15 de julho de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
vamos crescer
partida!
se uma escada subiste,
um outra se vê na ladeira a descer,
uma nova torre na rua construíste,
e o povo vai assim crescer!
Talvez não em tamanho, nem em virtude!
Talvez nem em determinação e audácia,
talvez também não em vão,
e quem sabe cresce em eficácia.
Também não será grande saber,
mas entretanto é bom de ter,
até porque...O saber?!
o saber não tem doer!
domingo, 13 de julho de 2008
Miau?
o gato caíu
do telhado onde descansava
o menino se riu
porque tudo ele viu
do banquinho em que se sentava
passado alguns anos
o menino crescia
tornou-se um Grande Doutor
via as quedas
de todos se ria
no trono de onde era senhor
Um dia porém
tropeçou na torre de belém
caíu lá de cima de tudo
o único que o viu
tinha um gatinho, que se riu
mas ele não porque era surdo mudo.
b. nariz
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Um gato do sotavento
estava feliz até endiabrada
dava pulos de contentamento estridente
saltou caiu cá baixo
todos acudiram
juntaram-se numa roda
fizeram-se juras de amor eterno
roda à volta da fogueira
esgotou-se o vinho
as meninas vinham
e ficavam no rio mesmo à beira
fez birra,
puxou os cabelos,
enforcou-se neles
todos troçaram dela
ninguém mais riu
também nada se passou
era contado por uma arara
e passado a escrito
pelo piriquito
A Tinta jorrava
ahahah
afinal a menina voava,
era uma tira de papel que esvoaçava
donde vinha? Ninguém sabia
a gente na praça especulava
Amen
rezou-se um terço
num domingo soalheiro
choveu na segunda
nas noticias falou-se dum tiroteio
o locutor engasgou-se
muda de canal! - Exclamou
"bip! Ao segundo sinal serão:
vinte e uma horas quarenta e três minutos e alguns segundos,
mas poucos..."
z. Petiz
Vi-me
lá vão as pessoas
que vidas tristes e sem sentido
assustei-me quando me vi no meio da multidão
não queria estar ali
alguém olhava para mim
do meio da multidão e pensava
que vida triste e sem sentido
assustei-me com medo que tivesse razão
e é assim que é sem amargura
convencer os outros e a mim próprio
que a minha vida é boa
e cheia de sentido
e eu sei que é
b. feliz
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Deslargo-me da mãoó
Assim seja
Faz todo o sentido
e não sobeja
afagações do ego não são necessárias na nossa presente dimensão
por isso, os casinos do estoril e da póvoa fecharam as portas a não sócios..
só os ricos entram
a torre de babel finou, caíu, prostrámo-nos diante das suas ruínas
e pedimos perdão
pela nossa soberba
daqui em diante interessa o que era
o que foi
e o que não se perde
casinos de todo o mundo
alhos e bugalhos
frente de sala
preto queimado
kafunfo
percebi
B. (a partir de agora: b.)
Fechado para balanço
C.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Aviso à população(interludio #1)
Promover a discórdia e o caos?
Transformar-me em Torre de Babel Ou de Papel?!
Qualquer semelhança com a virtualidade é puramente surreal!
Não está dentro dos meus objectivos.
Apelo à razão e sensibilidade.
pois pelos vistos:
" o povo não é sereno, e já não é só fumaça"
Interrompo a função laboral, para este interludio.
Não quero. não posso e não tenho tempo para diplomacias vãs.
Ou queremos que a montanha entre em trabalho de parto?
Noutra figura de estilo: "Entrada de leão, saída de brejeiro"?
assino
C.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Amarras desfeitas
C.
tivera mais que fazer
grandioso personagem morre no fim
palermices comentadas sem sentido
insónia chamada à recepção
o jogo do berlinde era ao ganhas e eu não sei o que se passou, mas eu já tenho nenhum.
rato velho de esgoto, sorrateiro
Teias de aranha e outras coisas comuns
- Como é que conseguiste?
- Pensei em coisas invisíveis como o vento, a música
- ou fadas?
- as fadas não são invisíveis! Eu já vi montes delas!
- Ah sim? e onde é que as vÊs?
- Na floresta, além...queres ir até lá?
B.
sábado, 5 de julho de 2008
Simplesmente Genial
C.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
sub marinho
Gruda desgruda o medo
alfredo
corte no dedo
a bolha descola a escolha
segue a bolha balão
joão
cai no chão
a pinha não se parte
o pinhão
tens a vida na mão
pulha
cuidado com a faúlha que arde
cobarde e já não é tarde
nem é cedo
para o soninho menino
aquele pequenino
ferido na mão
perdido no preto
o crime que cometo
reticências
B.
Antes de ir
sou eu?
(mete um ponto quando for eu)
se sou fica: um, dois, três vezes, vai o pote à fonte
quebra-se na frente
um batalha perdida
um guerra apaziguada, uma nova partida, uma antiga chegada
é a minha deixa?
não tenho tempo, não sou um vidro exposto atrás de uma peça
sem sentido, sentido, perdido, ido, dó
ponto?
pronto
então
só, cheio de pó, junto, unido, gasto, preterido, intemporal, tempestade num dia de sol, ré, mim, sem ti, uma lista, um rol
acaba
BC
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Nova edição
Bebemos para além da exaustão
nem é hoje que chego ao ninho e cansamo-nos do turbilhão
falamos com alguém sentimos os deja vu e os clichés
alteramos a sensação
dá uma dormência nos pés
vivemos a emoção gastamo-nos como se fosse a perdição
uma ansia de ir à frente estoiramos com a nação
com um impeto tremendo criamos uma canção
estoiramos o acontecimento parimos um cão estagna-se a mente
andas pelo barril a cabeça dormente mas estás baril
rebenta a bolha continuas na moda
tiras a máscara
já ninguém olha
sei que o mundo anda à volta do sol mas não faço ideia para onde vai...
conversa que não interessa a ninguém
e este atrofio também
C.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
DizerParaNãoParecerSer
sente para dentro, ó rolo de carne
e não me metas mais nojo,
Asco fétido e imundo.
Tem juízo, filho da puta
que aqui quem te julga sou eu!
falso moralista, brochista,
mentiroso,
cabrão.
Não me enganas, engano...
nem laves as mãos
que esse cheiro não sai
entranhou-se
estranhou-se
gostou-se
Não foi?
E agora? Culpa?
Não.
Só a aceitação finalmente cínica
verdadeira
O mundo não é podre, nem tu o és.
Mas a merda fede sempre
Quem?
tu?
Não! eu...
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eueu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eueu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu...
b.
Naturalmente
Arrancava a pele e as unhas,
Esfregava-me pelo chão,
Espojava-me na palha.
Se tivesse algo para contar,
furava os olhos, cortava a língua
fechava-me na cave.
Se tivesse um dia de falar,
perdia-me na multidão,
imolava-me pelo fogo,
fugia para a mata,
atirava-me ao poço.
Um dia, em silêncio, sarava as feridas e finalmente dormia.
Encontrava-me
C.
Realmente
gritava-o pelas ruas
se me ouvires
e me abrires a porta
entrarei
e cearei contigo
Isto se não me engasgar, ficar sem voz e acabar por escrever tudo num blog
Sim! Amantes do Blog e bloggers:
Partí, despidos, em busca de um sinal
B.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Palavras
Prova que a paginas tantas há plenas emoções perfeitas.
Pena é não patinar nas planícies nesta proto-plataforma pré-fabricada.
C.
Prazo Da Prosa Prazeres
paráfrase de mim
e em conjunto descobrir o universo
decifrar as cifras de cifra
e cutupear os cutups copiados
destornar e destronar o lugarcomum
este nosso lugar comum
tão comum
tão nosso
tão lugar
tão tão tão
que parece um badalo
(num sino do cimo duma igreja)
B.
Prosa a prazo
não acorda,
desperta
primevo. Primário.
Boçal.Básico
Basalto.
tanto
Uma paleta de amores
e num rol de rancores
Pateta.
Ânsia de Angustia
Treme
Trepa com Tremores
Ruma e segue Rumores.
Rema contra a Maré
Faz-se ao Mar
Perde o Pé
Falta-lhe o Ar e
Acha-se.
Sufoca nos Sentidos
Afoga-se nas Emoções
Uma Explosão e estilhaços,
Sem arrebatar os corações
em vários cansaços,
Desfaz o Ser e
Senta-se,
em Pedaços.
C.
domingo, 29 de junho de 2008
poema de amar
cativo
tinha mas já não tenho cores
o artifício é banal e os enfeites de fraca qualidade
baratos e em série
mas depois brilhas o mundo e eu
eu
apaixonado pelo mundo através de uns olhos que não são os meus
olho o horizonte e vejo o teu rosto nele reflectido
feliz alma pura
selvagem
prisioneira
moribunda
frágil como tudo o que é frágil
forte como a morte
tenho-te e eu
eu
sabendo que não sou só
sou contigo naquele instante fugaz que é a minha vida toda
a minha vida toda naquele instante fugaz
fujo
encontro-te
do outro lado do mar
B.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Apontamentos de C a B
Não a sinto aqui.
Subindo ouve-se o mundo.
A parede é opaca e de pensamentos translucidos
a minha alma vitrea e baça
escorrego em espiral.
nada alcancei.
sem fundo.
Imundo.
Para cá do rumo não há dor.
C.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Raia
olhava para mim e eu sorria
ela fugia, mergulhava
mergulhava e brincava, troçava de mim!
Entrei no azul
toquei no fundo verde
vi um ouriço,
não era cacheiro
era do mar!
Vi coisas lindas
mesmo de encantar
à saida os bichos cantavam
deitei-me na areia
fiquei a escutar
olhei o Sol
e cego fiquei, uma cegueira multicolor
uma alegria e um torpor!
dirigido por uma multidão encantada
levaram-me para lá
para onde? Não sei...
para o meio do tudo e do nada!
C.
terça-feira, 24 de junho de 2008
fronteira
Tenho medo dos outros
De mim mesmo
De desejar
De não desejar
De ficar preso
De ser livre.
Escondo-me.
Todos temos uma chave
Para nos fecharmos
Para nos abrirmos.
Tenho fome.
Parto à descoberta.
Tropeço, e caio
Na terra de ninguém
B
domingo, 22 de junho de 2008
O Imóvel
C.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Amor e Móveis
Teria parado algum tempo depois, teria tido tempo para pensar, teria dado um tempo a si próprio para ganhar folgo, para parar, para desistir, para decidir. Até teria dado tempo ao tempo. Mas o tempo tinha cessado. O tempo tinha parado e Latro não. Latro continuava. Continuava, ignorante desse facto. Preso por não ter tempo, preso fora do tempo, preso pela sua existência, preso simplesmente.
Latro ter-se-ia matado, mas não tinha tempo para morrer. Nem tempo para pensar nisso. Nem tempo para odiar a situação. Nem tempo, sequer.
Mas Latro amou... porque no preciso momento em que atirava a cadeira de baloiço contra a parede, amou. Nesse milésimo de segundo antes do tempo parar, Latro amou. Ele amou e o tempo parou quase em simultâneo. Se o tempo existisse, se não tivesse parado, Latro poderia ter afirmado amor eterno, nesse preciso momento poderia ter amado eternamente, mas não pôde. Latro pôde apenas ser atirado para um buraco negro, sugado para um infinito dionisíaco de amor. Amor... e móveis contra a parede.
B
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Um circo de Sonho
C.
Se Crusoe Soubesse
se soubesse o seu nome.
B
Cliché
C.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Ermo Partilhado
B
Fuga
C.