quinta-feira, 31 de julho de 2008

Do mar resta o mar

Em vias de ir
foram andando
voltaram de vez em quando

um com cabelo
outro não careca
pararam para pensar uma beca:

- algo é sempre uma criação
uma destruição
uma transformação.

- Não! - respondeu - "nada se cria
nada se perde
tudo se transforma"
nada se tudo
nada-se tudo
tudo se nada
nada se não
nada senão...

nada!

(não como o gustavo que respirou debaixo de água
esse não morreu do mar
mas da mágoa)

os outros fugiram
com a pálida tez
de quem lá volta de quando em vez

b. (ligado)

de z pra b

vide paradoxo.
deveras ortodoxo


hora 13.26 31/07
espaço outro

z. em zig

informação ao utente

este blog encontra-se sobre o efeito de um paradoxo espacio-temporal.
Ao desligar o seu pc verificar se ainda se encontram no mesmo sitio e volte a sincronizar o seu relógio.

ps

o comentário posterior é anterior.
o passado é presente
este estado é ausente
não estou, estive
nem sou, ja fui
parti em breve
cheguei a ir
brevemente
entretanto
e por enquanto nada digo
comento
posteriormente

remar

remar remar forçando a corrente
parafraseando toda a gente!
que é amanhã dia 1 de agosto
e tudo em mim é um fogo posto!

z.( de zénite pra nádir e vice-versa)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

PARA TI

12 caes correm na praça, os ratos roem-nos os tornozelos
o cheiro anda a reboque, a caravana atrasa-se.
detem os morcegos no elevador
contam as perolas
dao-se os porcos
guincham as arvores
e fogem em bandos!

z. (ainda em zen)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Há brechas no cais( sonhos duma noite que verão)

Na brecha vivia o mexilhão. As ondas batiam, batiam, batiam!
" bum bam badalão!" - faziam
Onde?
Junto ao rio, na foz, ao pé do cais, à beira mar - diziam
Vazam o chão. Esvaziavam a concha. Enchiam o céu. Despejavam depois.
Desejavam toucinho. Gordo ou light? Indiferente, sem acuçar misturava coisas doces. Nata, leite, condensado, precipitado, fugia o mexilhão. Quase evaporado. Destilava, transpirava e acordava. Não era sequer um mexilhão, nem um cão, ou um balão. Mas voava, voava. Saltava e rodava. Sorria e acordava. Era um reflexo, que numa casa de pasto batia, nos olhos da cozinheira incidia, que cegava, de alegria, ensurdecia de paixão, entrava em melancolia.
"sai mais meia dose e uma cesta de pão!" - gritavam

de z. (em zen)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

A(l)berto para contra

Fisgado veio
solto este pequeno gafanhoto
sa ltit a n do por entre as fendas das pedras da calçada de de um país distante diferente

chegando hoje
partindo amanhã
como um anti-herói de um qualquer filme de série z

sem ofensa a z como quem diz b
coincidências tendem a colidir
por vezes até mesmo frontalmente...


...(eu tendo a ter cabelo por exemplo)



e vós? tendes? tendeis?

meras coincidências porém destino porém purista porém impuro porém porem puré
não obrigado


b.(fresco)

sábado, 26 de julho de 2008

sexta-feira, 18 de julho de 2008

olá?


Esta FOTO TAMBÉM É INEXPLICÁVEL!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Desencontro


Vim procurar-te. nada encontrei.

O sol queimou-me, e eu?
Oh! eu esperei esperei.

Bebi, até transpirei.

Encostei-me adormeci.

Vieste! nem acordei....
Partiste! Não é que não cheguei?!


z. Fase -2

b.xioma

SOU ÁGUA
ÉS SAL



...mar

b. (em modo de sapo piqueno)

terça-feira, 15 de julho de 2008

axioma

A lebre salta.

O milhafre em vôo.

A rã, ploft!

z. in loco

Aforismo (parte2)

Menino Omega desenterrou-se...


Pensou:

ainda bem que fui sozinho...

b. curto

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Aforismo

Menino Alpha cavou um buraco
onde se enterrou.

Na solidão da terra fria,


apenas lamentou o facto
de não ter enterrado também um amigo...

b. (pequeno)

vamos crescer

chamada aos seus lugares.
partida!
se uma escada subiste,
um outra se vê na ladeira a descer,
uma nova torre na rua construíste,
e o povo vai assim crescer!

Talvez não em tamanho, nem em virtude!
Talvez nem em determinação e audácia,
talvez também não em vão,
e quem sabe cresce em eficácia.

Também não será grande saber,
mas entretanto é bom de ter,
até porque...O saber?!
o saber não tem doer!

domingo, 13 de julho de 2008

Miau?

O vento soprou
o gato caíu
do telhado onde descansava

o menino se riu
porque tudo ele viu
do banquinho em que se sentava

passado alguns anos
o menino crescia
tornou-se um Grande Doutor

via as quedas
de todos se ria
no trono de onde era senhor

Um dia porém
tropeçou na torre de belém
caíu lá de cima de tudo

o único que o viu
tinha um gatinho, que se riu
mas ele não porque era surdo mudo.

b. nariz

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Um gato do sotavento

da varanda via passar a gente na calçada
estava feliz até endiabrada
dava pulos de contentamento estridente
saltou caiu cá baixo
todos acudiram
juntaram-se numa roda
fizeram-se juras de amor eterno
roda à volta da fogueira
esgotou-se o vinho
as meninas vinham
e ficavam no rio mesmo à beira
fez birra,
puxou os cabelos,
enforcou-se neles
todos troçaram dela
ninguém mais riu
também nada se passou
era contado por uma arara
e passado a escrito
pelo piriquito
A Tinta jorrava

ahahah

afinal a menina voava,
era uma tira de papel que esvoaçava
donde vinha? Ninguém sabia
a gente na praça especulava

Amen

rezou-se um terço
num domingo soalheiro
choveu na segunda
nas noticias falou-se dum tiroteio
o locutor engasgou-se
muda de canal! - Exclamou

"bip! Ao segundo sinal serão:
vinte e uma horas quarenta e três minutos e alguns segundos,
mas poucos..."

z. Petiz

Vi-me

Olhava a multidão enquanto passava e pensava
lá vão as pessoas
que vidas tristes e sem sentido
assustei-me quando me vi no meio da multidão

não queria estar ali

alguém olhava para mim
do meio da multidão e pensava
que vida triste e sem sentido
assustei-me com medo que tivesse razão

e é assim que é sem amargura
convencer os outros e a mim próprio
que a minha vida é boa
e cheia de sentido

e eu sei que é

b. feliz

quarta-feira, 9 de julho de 2008

ó-da-casa

Não é fundamental a radicalização.
Assim como não é necessária a demasiada exposição.
Os Uv estão altos, assim como a radiação.
Privemo-nos da velha televisão
voltemos de novo à emissão!

C.( a partir de agora z.)

Deslargo-me da mãoó

Só para nós?
Assim seja
Faz todo o sentido
e não sobeja
afagações do ego não são necessárias na nossa presente dimensão
por isso, os casinos do estoril e da póvoa fecharam as portas a não sócios..
só os ricos entram
a torre de babel finou, caíu, prostrámo-nos diante das suas ruínas
e pedimos perdão
pela nossa soberba

daqui em diante interessa o que era
o que foi
e o que não se perde

casinos de todo o mundo
alhos e bugalhos
frente de sala
preto queimado
kafunfo

percebi

B. (a partir de agora: b.)

Fechado para balanço

Os casinos do Estoril e Póvoa do Varzim são suspeitos de branqueamento fiscal e foram ontem alvo de buscas com sede num armazém na zona de Cascais. Dotados de meios tecnológicos altamente sofisticados, e é fundamental na maior parte dos casos para o êxito das investigações.Malas que registam todos o números de telemóvel num raio de 50 a 100 metros.Criado em 2004, demora, em média, 223 dias a resolver os processos que recebe. Consideramos muito bom o tempo de resolução médio de 66 dias apesar de, e sem deixar de considerar, a maior delonga que se destinava ao mercado espanhol e ao de outros países europeus, chegou a Leixões num navio proveniente do porto argentino de Rosário que, de entre os vários contentores que transportava estava um carregado com 22 toneladas de alhos.

C.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Aviso à população(interludio #1)

O mote deste blog era a troca salutar de ideias.


Promover a discórdia e o caos?
Transformar-me em Torre de Babel Ou de Papel?!

Qualquer semelhança com a virtualidade é puramente surreal!

Não está dentro dos meus objectivos.

Apelo à razão e sensibilidade.

pois pelos vistos:

" o povo não é sereno, e já não é só fumaça"


Interrompo a função laboral, para este interludio.

Não quero. não posso e não tenho tempo para diplomacias vãs.

Ou queremos que a montanha entre em trabalho de parto?

Noutra figura de estilo: "Entrada de leão, saída de brejeiro"?



assino

C.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Amarras desfeitas

Atravessando um deserto de perto. Tentando temporariamente não ceder às tentações da negação nefasta. Afasto-me do Escuro.Aproximando-me da luz.Digo um sonante Não! Fecho a porta. Abro a Mão e o semblante, Levanto-me de rompante! Ilumino o Obscuro. Corro, salto, danço e pululo. Grito Contente. doí-me um dente. O corpo dormente. como um rio numa água em torrente, aparto-me, Parto a corrente. Eléctrica emoção que se sente. Deita-te. Encosta. Rebola. Dum penhasco, atiro-me e acerto com um só tiro. E dou-me. Entrego, Partilho, Livro-me de espartilhos, de condições, espaciais, temporais, a bonança. Balança, equilíbrio, um brio jovial, um fulgor banal, um frémito desigual, acelero, incendeio-me, Ardo, com um cardo e numa prosa, mais um cravo e uma rosa, a travessia feita, o arbusto apagado, e eu apegado a mim, assim, abraçado a um momento excitante! A dar alegria e muito amor. Sem dor. E tal como Fénix, estou lá no alto como o Condor!

C.

tivera mais que fazer

Justo sim mas de costas meio dobrado

grandioso personagem morre no fim

palermices comentadas sem sentido

insónia chamada à recepção

o jogo do berlinde era ao ganhas e eu não sei o que se passou, mas eu já tenho nenhum.

rato velho de esgoto, sorrateiro

Teias de aranha e outras coisas comuns

- Como é que conseguiste?
- Pensei em coisas invisíveis como o vento, a música
- ou fadas?
- as fadas não são invisíveis! Eu já vi montes delas!
- Ah sim? e onde é que as vÊs?
- Na floresta, além...queres ir até lá?

B.

sábado, 5 de julho de 2008

Simplesmente Genial

Confuso de novo. Quando foi? "Levanta-te e anda" Num ar jocoso. Entorna o vinho. Caminha pelo deserto. Que sabe? Despido. nú. desprovido. Estará perto? Queima-se no Sol, a sul? Um arbusto em chamas. Que Vê? Longe apelam à calma. Está desperto? Completo e/ou Perplexo? Sem paz de alma. Desfeito, o cérebro complexo. Informação que passa. Emoções que não chegam. A razão que parte. Reparte, suga, sorve e come com as mãos a melhor parte. Certamente. Repete, dá de novo, baralha, desmaia e tonto, confunde-se novamente...

C.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

sub marinho

Gruda desgruda o medo
alfredo
corte no dedo
a bolha descola a escolha
segue a bolha balão
joão
cai no chão
a pinha não se parte
o pinhão
tens a vida na mão
pulha
cuidado com a faúlha que arde
cobarde e já não é tarde
nem é cedo
para o soninho menino
aquele pequenino
ferido na mão
perdido no preto
o crime que cometo

reticências

B.

Antes de ir

gastar mais, desgastar, degustar, estar, ar

sou eu?
(mete um ponto quando for eu)
se sou fica: um, dois, três vezes, vai o pote à fonte
quebra-se na frente
um batalha perdida
um guerra apaziguada, uma nova partida, uma antiga chegada

é a minha deixa?
não tenho tempo, não sou um vidro exposto atrás de uma peça
sem sentido, sentido, perdido, ido, dó

ponto?
pronto

então
só, cheio de pó, junto, unido, gasto, preterido, intemporal, tempestade num dia de sol, ré, mim, sem ti, uma lista, um rol

acaba


BC

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Nova edição

Saímos entre a noite de encontro às estrelas pelo caminho.
Bebemos para além da exaustão
nem é hoje que chego ao ninho e cansamo-nos do turbilhão
falamos com alguém sentimos os deja vu e os clichés
alteramos a sensação
dá uma dormência nos pés
vivemos a emoção gastamo-nos como se fosse a perdição
uma ansia de ir à frente estoiramos com a nação
com um impeto tremendo criamos uma canção
estoiramos o acontecimento parimos um cão estagna-se a mente
andas pelo barril a cabeça dormente mas estás baril
rebenta a bolha continuas na moda
tiras a máscara
já ninguém olha
sei que o mundo anda à volta do sol mas não faço ideia para onde vai...
conversa que não interessa a ninguém
e este atrofio também

C.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

DizerParaNãoParecerSer

Poesia de merda!
sente para dentro, ó rolo de carne
e não me metas mais nojo,
Asco fétido e imundo.

Tem juízo, filho da puta
que aqui quem te julga sou eu!
falso moralista, brochista,
mentiroso,
cabrão.

Não me enganas, engano...
nem laves as mãos
que esse cheiro não sai
entranhou-se
estranhou-se
gostou-se
Não foi?

E agora? Culpa?
Não.
Só a aceitação finalmente cínica
verdadeira
O mundo não é podre, nem tu o és.
Mas a merda fede sempre

Quem?
tu?
Não! eu...
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eueu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eueu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu...

b.

Naturalmente

Se eu tivesse qualquer coisa para fazer,
Arrancava a pele e as unhas,
Esfregava-me pelo chão,
Espojava-me na palha.

Se tivesse algo para contar,
furava os olhos, cortava a língua
fechava-me na cave.

Se tivesse um dia de falar,
perdia-me na multidão,
imolava-me pelo fogo,
fugia para a mata,
atirava-me ao poço.

Um dia, em silêncio, sarava as feridas e finalmente dormia.

Encontrava-me

C.

Realmente

Se eu tivesse alguma coisa para dizer
gritava-o pelas ruas
se me ouvires
e me abrires a porta
entrarei
e cearei contigo

Isto se não me engasgar, ficar sem voz e acabar por escrever tudo num blog
Sim! Amantes do Blog e bloggers:

Partí, despidos, em busca de um sinal

B.