domingo, 3 de agosto de 2008

Bata branca, bola preta

"tem que se fazer qualquer coisa então" e desceu do consultório sem dar a face. Não perdendo a razão, pediu outra opinião e mais um pastel de nata. Nem ganhava ao jogo. Não reinava em lado algum, mas era dono do seu nariz. Achava tudo isto estranho, olhou para trás e viu-se. No espelho e deste lado uma imagem inversa, uma contradição e mais uma travessa. Não era a fome que o movia, nem a sede de mais e mais amor, era somente o acaso e aquela rabiscada receita dum Doutor.

z( conectando)

2 comentários:

Susana Júlio disse...

Alice no país dos Pastéis de Nata, com bata e mudança de sexo...os pensamentos mirabolantes como pensos rápidos para tapar os males do dia-a-dia a que dizem ser da sociedade (aquela que esquecemos que é feita constantemente por nós!).

A propósito, mandaram-me vir aqui, do vizinho ao lado, saber que sempre conto contigo para a Troca dos Marcadores?! Preciso de pôr ou não os nomes para a lista e sorteio de amanhã!

Beijinhos!

Porcelain disse...

Quando somos donos do nosso nariz reinamos no mundo inteiro... se olharmos para trás, vemo-nos muito melhor. Isto é mesmo tudo muito estranho e convém também ter sempre uma segunda opinião... assim como um pastel de nata.

A rabiscada receita de um doutor, pode fazer mover mais que a fome de comida e de amor, sobretudo se alguém tentar perceber alguma coisa do que eles lá escrevem.

Gostei muito da parte do pastel de nata.