quinta-feira, 31 de julho de 2008

Do mar resta o mar

Em vias de ir
foram andando
voltaram de vez em quando

um com cabelo
outro não careca
pararam para pensar uma beca:

- algo é sempre uma criação
uma destruição
uma transformação.

- Não! - respondeu - "nada se cria
nada se perde
tudo se transforma"
nada se tudo
nada-se tudo
tudo se nada
nada se não
nada senão...

nada!

(não como o gustavo que respirou debaixo de água
esse não morreu do mar
mas da mágoa)

os outros fugiram
com a pálida tez
de quem lá volta de quando em vez

b. (ligado)

5 comentários:

Susana Júlio disse...

Não acontece nada...se não se fizer por isso...

Sónia disse...

Um trocadilho que me deixou um tudo/nada baralhada, rsrs

Bem conseguido, sem dúvida!

bsh disse...

É preciso irmos em busca e ter vontade para se concretizar.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

Porcelain disse...

Porque a morte que é da mágoa é tão mais violenta que a morte que é do mar... já que amargura é tão mais venenosa que a água do mar é asfixiante...

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma... o que nos vale é que a morte se transforma em vida e a amargura em gratidão...

zeroz disse...

E o mar em sal e o sal da terra...

b. (de volta)