domingo, 29 de junho de 2008

poema de amar

dificilmente cativado
cativo
tinha mas já não tenho cores
o artifício é banal e os enfeites de fraca qualidade
baratos e em série
mas depois brilhas o mundo e eu
eu
apaixonado pelo mundo através de uns olhos que não são os meus
olho o horizonte e vejo o teu rosto nele reflectido
feliz alma pura
selvagem
prisioneira
moribunda
frágil como tudo o que é frágil
forte como a morte
tenho-te e eu
eu
sabendo que não sou só
sou contigo naquele instante fugaz que é a minha vida toda
a minha vida toda naquele instante fugaz
fujo
encontro-te
do outro lado do mar

B.

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